Verdade da Vida
Não! A vida não prega peças,
É um livro escrito em letras garrafais,
Com frases até banais,
De sentido claro e roteiro previsível.
Contudo!
Os sentidos hominídeos traem,
Lascivamente traem.
E envoltos num véu absurdo,
Topamos com a irrealidade,
A miséria da nossa própria identidade,
Posta na mesa como objeto.
O mistério,
Não é nenhum impropério,
Encarna a fatal realidade,
Acossa a razão,
Desperta a paixão.
A mudança rege,
Nada está no seu lugar,
Tudo muda,
Numa rotação particular.