As correntes embaixo das pontes
Ao passar menos tempo
No reino escuro e gelado
De sonhos dentro de mim
Menos tempo eu passo observando
E cuidando dele, e menor o meu poder
Para impedir que meus demônios
Construam pontes para darem continuidade
Aos seus trabalhos
Eles as erguem para transportar
Pensamentos e sentimentos ruins
Que normalmente eu não deixaria passar
Paranóias, medos, ansiedades, desesperos, medos
E até mesmo algumas alucinações
Tudo o que tenho que fazer
Para remediar isso é apenas deitar
A cabeça no travesseiro, fechar os olhos
E desconectar minha atenção do mundo
Quando chegar ao mundo dos sonhos
Apenas preciso olhar para cima
E ver as penas presas embaixo das pontes
Por meio de fracas correntes
Me deixo sonhar, descansar, consertar
A mim mesmo
Me livro de tudo o que é tóxico
Tornando-me mais leve
Conseguindo até mesmo levitar
Levanto minha mão, deito a pena
Sobre minha palma
Fecho e a aprisiono nela
Meu sono acaba, paro de levitar
E puxo a pena junto comigo
As pontes se quebram e esfarelam
Caindo junto com cada sentimento ruim
Veiculado por falta de sono