As correntes embaixo das pontes

Ao passar menos tempo

No reino escuro e gelado

De sonhos dentro de mim

Menos tempo eu passo observando

E cuidando dele, e menor o meu poder

Para impedir que meus demônios

Construam pontes para darem continuidade

Aos seus trabalhos

Eles as erguem para transportar

Pensamentos e sentimentos ruins

Que normalmente eu não deixaria passar

Paranóias, medos, ansiedades, desesperos, medos

E até mesmo algumas alucinações

Tudo o que tenho que fazer

Para remediar isso é apenas deitar

A cabeça no travesseiro, fechar os olhos

E desconectar minha atenção do mundo

Quando chegar ao mundo dos sonhos

Apenas preciso olhar para cima

E ver as penas presas embaixo das pontes

Por meio de fracas correntes

Me deixo sonhar, descansar, consertar

A mim mesmo

Me livro de tudo o que é tóxico

Tornando-me mais leve

Conseguindo até mesmo levitar

Levanto minha mão, deito a pena

Sobre minha palma

Fecho e a aprisiono nela

Meu sono acaba, paro de levitar

E puxo a pena junto comigo

As pontes se quebram e esfarelam

Caindo junto com cada sentimento ruim

Veiculado por falta de sono

Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia)
Enviado por Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia) em 16/05/2023
Código do texto: T7789919
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