mais quanto mais quanto mais quanto
há de ter palavras se agrupando
e caminhando entre os trilhos perversos
fora da tua mente
quando menos e menos se espera
pela normalidade;
pela magnificência
de atos banais
como rezar às seis da tarde
ou estudar de manhã.
então saia à noite
para ler a cor arranhando gargantas,
para ver a música dançando entre os dedos,
para andar nu entre a violência e a inocência,
para mastigar a pele do fascismo e cuspi-la e
queimá-la em uma fogueira,
para se afogar de pecados e tremer o chão a cada passo
de olhos fechados e peito aberto,
e para ninguém ousar em te salvar
mesmo que o grito seja ouvido do topo de sua dor,
porque só você pode.
e só você deve.