Noites frias
O contorno da barreira do som
É ultrapassada por minhas paredes
Ao longe ouvindo os carros
Motos e gente
Eu deitada
Tendo por acompanhante
A velha e conhecida insônia
Que se utiliza da minha fragilidade
Pra regredir meus passos
Eu luto contra o descaso
Do meu antigo luto
Pois meu sorriso é puro
E minha alegria genuína
Mas às vezes sinto saudades de um colo
E só encontro o travesseiro
Que me espera em pequenas doses
Me dando aos poucos um aconchego
Nas minhas noites frias