O vento me ensinou a ser livre
A sussurar segredos incompreensíveis.
A passar por entre folhas, árvores e abismos.
E, permanecer potente.

 

O vento me ensinou a perseguir
caminhos desconhecidos.
A entrar e sair...
de todos os lugares.
Até da alma.

 

Com a primavera, aprendi com o pólen,
disseminar a vida.
Com o verão, aprendi com o sol,
iluminar a vida e aquecer desejos.
Com o outono, aprendi sobre o
poder da transição...

 

E, finalmente, com inverno
saboriei a reflexão sobre todos os ciclos.
E, no torvelhinho
continuar a ser humano,
ser vento,
ser flor,
ser folha,

ser pedra 
e, ser o frio a imantar

toda a saudade.

 

E todos os anos,
apesar de ciclos iguais,
vieram aprendizados diferentes.

 

A alma ampliou...
os olhos passaram a enxergar
e, as mãos não desistiram de 
continuar a construir

um dia de cada vez.

 

Uma palavra por cada semântica,
uma poesia por cada estação...
para coroar a existência,
para recolher vestígios e, enfim,
cultivar sobretudo o coração.

 

Humanizamos o vento

e aprendemos com as tempestades.

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 26/03/2023
Código do texto: T7748944
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.