MUNDO & MUNDO
Aproo em meio o silêncio
Para não irromper seu sono
Diante da bruma do incenso
Deste mundo tão hediondo
Onde a catarse das palavras
Vitupera prolixos insultos
É conivente a derrocada
De sentimentos de luto
E com precisão cirúrgica
Dilacera e também devora
Já não soa como música
O reverbério de outrora
É cada vez mais rasa a água
E tão impuros os filtros
São vítimas da mágoa
E rótulos nos vidros
O pensamento é pressuposto
E as ideias definem o agora
As papilas diz que é insosso
E as pupilas cerceiam esmola
O que acrescenta não soma
E aquilo que tira faz falta
Prefiro meu teto de lona
E uma canção de flauta