Revertérios
A vida teve giros e revertérios.
Enfrentei tempestades e ventanias,
Tempestades que lavaram,
Ventanias que desnortearam.
Naveguei por revoltos mares
Fogaréus ardentes
E também calmos ares.
Por mais leve que a brisa fosse,
Entretanto, nunca flutuei.
Sempre tive os pés ao chão
Que me levassem,
A correr atrás de horizontes.
Afinal, com passagem só de ida
Como um navio sempre partindo,
Cada dia um pouco mais,
Rumo a um labirinto,
Em direção a um farol distante
Que ilumine o paradeiro
Deste coração errante.