LAMPIÃO... O Virgulino!
VIRGULINO – O CANGACEIRO
Um brilho de faca chispa os ares. Cheiro de enxofre,
E, o terror lança suas balas! Facões tingem de sangue
O chão da senzala. O mito nordestino corta os intestinos!
“VIRGULINO””, um certo cangaceiro valente e arretado, e,
Apontado sua carabina para as cabeças abusivas, disparou
Sua ira! Traíra era eliminado. No cangaço não havia
Estardalhaço... “O LAMPIÃO”, bandido e herói, vingou sua
Família. Por onde passou, Lampião fez ataques e saques,
causando medo entre moradores e coronéis.
Na Serra Talhada foi “REI”! Atacava e saqueava os bens
De uns, e, era simpático a outros... De uma região castigada
Pela seca, o que agravou a desigualdade e a pobreza!
“LAMPIÃO”, o Virgulino sanguinário não perdoava, e, sua
Faca cortava pescoços e destripava seus desafetos e inimigos...
De carabina em punho despejava seu chumbo derretendo
Paixões e plantando ódios contra as oligarquias... Sua amada
“Maria Bonita” o alimentava de amor e carinho. De perfil
Cangaceira, ela assessorava o sanguinário amante!
O bando destemido, dominava! Avançava, atirava, picotava,
E, “VIRGULINO” mandava como soberano de atos insanos!
O sangue corria... Cabeças rolavam... Nos brilhos de facas,
O pau comia, e “LAMPIÃO”, sua derrota jamais permitia!
Mas, seu fim veio na Fazenda Angicos, na região de Poço
Redondo no Sergipe. “VIRGULINO, o LAMPIÃO” foi furado
Com três balaços no peito. Sua cabeça foi decapitada e
Espalhada para provar sua morte! E, tudo se acabou para
O bando do cangaço. As facas não mais brilharam... As
Espingardas não mais atiraram... O sangue estancou...
E, cabeças não mais rolaram pelas lâminas de LAMPIÃO!
Um “cabra macho”, ícone da valentia nordestina, LAMPIÃO
Riscava sua lâmina, que cortava até pensamentos desafetos...
Sua espingarda cuspia chumbo quente... Atirar tão rápido,
Que, os tiros iluminavam a noite, e, o sangue dos
Inimigos era o preço, que pagavam os desafetos de “VIRGULINO”.
No cangaço, o bando de “LAMPIÃO” era destemido e as ações
Tinham a bandeira da vingança.
Jose Alfredo