MIL E OITOCENTOS
“MIL E OITOCENTOS”
“Acordei cedo para rimas
Mas as palavras são vãs e infrutíferas
Talvez a culpa seja da pena
E da tinta que escorre pelo tinteiro…
Deveria haver um jeito melhor de rimar
Mas estamos em mil e oitocentos
E ainda não existe meio melhor
De expressar o que vai no meu pensamento
Paro por um minuto
Por favor, esperem, o mata borrão vai entrar em ação
Gotas de suor ou lágrimas, não sei
Acabam de manchar o papel e todo esse projeto pra lá de arquitetônico
Redijo com letras agora colossais
Estou ficando velho e gagá
Por não me importar
O que eu sinto agora, em mil e oitocentos
É a mais pura de todas as verdades
E não me importa o dia, a hora e o momento
O que vale, a verdadeira intenção, não levando em conta o ano ou o lugar
É de sempre, sempre, poder te amar.”
*Mil e oitocentos*
By Julio Cesar Mauro
25/02/2023