TREMORES DA MÃE TERRA
Treme da Mãe Terra o seu corpo frágil.
É a febre do desmonte, da autocompaixão,
São feridas abertas que não vão cicatrizar,
É demagogia despudorada em (+) enganação.
Tremem da Mãe Terra os braços trabalhadores
Em cenário de palanque oportunizado,
Com discurso traiçoeiro sobre nossas dores,
Uso da máquina sobre corações destroçados
E publicidade à clientela de míseros favores.
Tremem da Mãe Terra as pernas varicosas.
Eureka! Transmutar desprezo em novos adoradores.
Momentos de fortes emoções, armas auspiciosas!
Oportunidade do destino para desbancar opositores.
Chora na Mãe Terra o coração avesso a mentiras
Solitária, sente a hipocrisia na palestra tendenciosa
Vê nos bastidores os que cantam e dançam catiras
E, sob os pés, a mídia remunerada a fingir-se amistosa.
Bsb, 20/02/2023