Saltam aos olhos

Saltam dos chãos mil baionetas

Para ferir os seus atrozes sentires

E com eles saltam as motonetas

Pra fazer correr as mil perdizes

Saltam os olhares velhos e secos

Das putas que dormem ao relento

Os desassombrados e os obsoletos

Saltam as Amélias e seu véu sebento

Saltam aos montes as governantas

Vestidas de branco e de arrogância

Saltam os velhos sem importância

E as mentiras sortidas das antas.

Um poeta e só
Enviado por Um poeta e só em 10/02/2023
Código do texto: T7715975
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