Meu Caminho
Meu caminho a única coisa certa era que era incerto. Certeza só de descaminho... Nunca nada dava certo e quando dava era como o derrubar de uma bandeja farta ao chão e permanecer com fome. Uns ventos fortes que as vezes assoviavam histórias que preferia nunca tê-las ouvido, vivido menos ainda. Nem bêbada, nem equilibrista quanto menos artista ou poeta... Um cofre sem moedas para que serve? Deixemos de conjecturas e sigamos, como cigana vivi mudando de casas, lugares e amores, de traições, maltratos e horrores... Também da mansidão de almas calmas por breves momentos. Voltemos aos ao tormentosos passos que me levaram a pira onde qual bruxa das épocas medievais queimei viva, sarça ardente. Morri por pouco tempo, não deu tempo de conhecer o paraíso, o inferno vivi e ainda vivo aqui mesmo. Se aprendi a andar? Sinto dizer que meus pés continuam me levando a lugar nenhum. Agora criei asas posso voar... Nessa varanda não tem telas...