NEBLINA

 

Neblina fina da manhã que clareia,

O que se esconde nessa tua teia

Leitosa?

Seriam risos e vozes macias

Que se insinuam, raiando com o dia,

Após uma noite

Pecaminosa?

 

Seriam almas penadas, perdidas,

Que se debruçam sobre as margaridas

Orvalhadas?

Seriam restos de memórias idas,

Ecos perdidos de esperanças findas

Malogradas?

 

Neblina densa, que divide os mundos,

O que sussurra nesse túnel longo,

Profundo?

Vagam, sem rumo, os meus entes mortos

Perambulando com seus passos tortos

No zumbido quase imperceptível

Dos pernilongos?

 

Neblina, cubra a minha ansiedade,

Me envolva agora com teu manto branco,

Me leva embora dessa vã saudade,

Conduza agora essa minha vida frágil

-Não tenha pena, sempre para baixo,

Onde me esperam, naquele  barranco,

Os meus poemas mortos

Nos meus  naufrágios.

 

 

Uma colaboração de 

 

 Jacó Filho

 

 

NEBLINA

 

Trazendo mais que beleza,

Neblinas permitem ver,

Com alto grau de certeza,

Se faz Sol ou vai chove... Na serra chove na terra,

Na baixa é Sol na certa...

Mensagens da Natureza,

Pra nos ensinar viver,

Trazendo mais que beleza,

Neblinas permitem ver...

 

Parabéns! E que Deus nos abençoe e nos ilumine... Sempre...

 

Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 04/02/2023
Reeditado em 18/02/2023
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