SURREAL!
TUDO TÃO SURREAL!
Pousou o gavião com suas poderosas asas
Cobriu o pequeno pintinho, ameaçador!
Esperava-se, que, o mataria e o comeria...
Tal surpresa foi o carinho da soberba ave...
Encheu o pequenino de cuidados, pegou-o
Pelo bico, e o levou aos ares até o ninho!
Deu-lhe de comer, aqueceu-o e ficou orbitando
Ao redor do ninho guardando o pequenino!
O possante leão rugia dentro de sua jaula!
No canto dela um pequeno e minúsculo gatinho...
O felino o espreitava, mas, não lhe fazia mal!
Guardava-o, e, o olhava com carinho e amor...
Foi-lhe atirado um pedaço de carne, que ele
O abocanhou e o levou para perto do bichinho,
Que, assustado se encolhia naquele canto de morte!
O de grande porte, alimentou o gatinho com amor!
Roto, o moribundo mendigo sentado na sujeira da
Calçada esmolava uma ajuda aos transeuntes!
Outro esmolado próximo a ele, levantou-se e dividiu
Seu pedaço de lanche com seu amigo e semelhante!
Eram dois semblantes, um de tristeza e outro de
Alegria! Havia, então, uma surpreendente empatia
Lamúrias não se ouvia! Mas palavras de conforto...
A fome de um era também a do outro! Mas com alegria!
O trânsito corria rápido e ameaçador aos pedestres!
À beira da calçada, um idoso cego pelejava na travessia...
Naquele torvelinho, um menininho franzino, viu a cena
E, a dificuldade do velhinho, e foi até ele, pegando-o
Pela mão, atravessando-o em segurança, ao que, o
Trânsito parou, e permitiu aquela cena de solidariedade
Daquele franzino menino, no auxílio do indefeso idoso!
Tudo tão surreal nestes dias de hoje onde a soberba, e,
O orgulho, afastam dos seres humanos a virtude da caridade...
De corações cheios de entulhos, as pessoas passam ao largo
Como aqueles da história bíblica, lá na Samaria, onde
Um samaritano socorreu o moribundo ferido e ao chão!
Enquanto até um sacerdote israelita passando viu, mas, nada
Fez em benefício ao que estava necessitando de ajuda!
A vida atual se mostra surreal... O homem produz cenas,
Surreais com cenários de templários, mas, ainda mostra
Gestos de atos com indivíduos salafrários!
A hipocrisia é surreal nesses comportamentos...
Mas, é possível esses gestos entre “crianças e moribundos”
Com capacidades de solidariedade com seus desafortunados
Semelhantes!... O sofrimento os nivela e eles compartilham!
Jose Alfredo