A VISÃO
A VISÃO
Quando fito o céu infinito,
Os astros, teatros, tão mudos,
Surdos, não ouvem meu grito,
Aflito, medito esse escudo!
Completo, perfeito equilíbrio,
Tem todos, um toldo assombrado,
Deslumbrado em beleza repleta!
Me afeta, e me sinto assustado.
Eu palhaço, me amasso em feiura,
Na moldura de um vaso tão fraco
Nem sei se sinto amargura,
A esta altura me sinto um caco!
Vôo longe, percorro a distancia
Na instância na qual vou pensar
E vagando a minh’alma em ânsia,
Não alcança, nem posso chegar!
Persisto a olhar as alturas
A procura de casa mais mansa,
E consigo fugir das loucuras!
Dando asas a minha esperança!