Astro
o
astronauta
astro de sua própria ambição
atinge o ápice
no vazio
do espaço
na escuridão
chega ao seu destino
no meio vazio
acende a fogueira
em meio a fuligem
de um solo lunar sem chão
explora a paisagem
miragem de árvores fictícias
somente luares
em frustração
acorda do sonho
em planetários relógios
derretendo em suas mãos
foi só um sonho só
de pura ilusão
a sede grita
e o faz
retornar
saciando-a
em cascatas
no lago
da emoção
dando graças
por um planeta
que sofre
mas ainda respira
em seu grande pulmão
Alexandre Melo