Eu - me

Movimento-me fora da realidade da rotina,

olho-me no quadrante do reflexo em analogia,

noturno-me na escura escuridão,

acordo-me em manhas duvidosas,

danço-me em descompasso com o passo passante,

visto-me em farrapos mulambentos, numa pseuda passarela de ilusões,

liberto-me das pessadas amarras do sistema global,

beijo-me na robustez das faces faciais,

agarro-me no passado dos jornais,

corro-me em direção ao tudo, onde nada existe,

sofro-me na alheia angústia,

grito-me na ponte de Edvard Munch

vivo-me em minutos de horas badalantes,

duvido-me da capacidade alheia

Vejo-me

Leio-me.

Sonho-me