Máquina prateada
Siga o carro que eu ganhei/
Numa aposta, jogo de azar/
Lá na cidade de Monterrey/
Muita loucura... irei contar:
Levaram-me a um cassino/
Visitado por americanos/
Turistas ricos em desatino/
Apostando seus carangos.
Sem muito ater de jogarina/
A boa sorte sorriu pra mim/
Premiação farta clandestina/
E um carro sorteado, assim...
Era uma máquina prateada/
De motor roncante trovão/
Rasgando na autoestrada/
Avassalador tal qual o tufão.
Emparelhei com as Ferraris/
No maior racha do planeta/
A fumaça negra pelos ares/
O cantar de pneus, porreta!
Pilotei velocidade extrema/
Aquele possante luxuoso/
Queria emplacar meu lema/
De piloto ímpeto e corajoso.
Cruzei o Caribe em um dia/
Envenenado, suor e sangue/
Não teve BMW, Porsche, Kia/
Mercedes, GM ou Mustang.
Retornei pra minha cidade/
Convidei meu amor passear/
Ah, um sonho que me invade/
Na brisa ligeira do além-mar!