Máquina prateada

Siga o carro que eu ganhei/

Numa aposta, jogo de azar/

Lá na cidade de Monterrey/

Muita loucura... irei contar:

Levaram-me a um cassino/

Visitado por americanos/

Turistas ricos em desatino/

Apostando seus carangos.

Sem muito ater de jogarina/

A boa sorte sorriu pra mim/

Premiação farta clandestina/

E um carro sorteado, assim...

Era uma máquina prateada/

De motor roncante trovão/

Rasgando na autoestrada/

Avassalador tal qual o tufão.

Emparelhei com as Ferraris/

No maior racha do planeta/

A fumaça negra pelos ares/

O cantar de pneus, porreta!

Pilotei velocidade extrema/

Aquele possante luxuoso/

Queria emplacar meu lema/

De piloto ímpeto e corajoso.

Cruzei o Caribe em um dia/

Envenenado, suor e sangue/

Não teve BMW, Porsche, Kia/

Mercedes, GM ou Mustang.

Retornei pra minha cidade/

Convidei meu amor passear/

Ah, um sonho que me invade/

Na brisa ligeira do além-mar!

Sérgio Russolini
Enviado por Sérgio Russolini em 21/12/2022
Reeditado em 21/12/2022
Código do texto: T7677153
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