SONHO DE LIBERDADE
Quereria, então, ter asas
Poder ver o mundo do alto,
Um projétil, qual de avião
Voando de sobressalto!
O avião, esse pássaro metálico!
Esse pássaro, pois, maldito,
– O urubuServando a carniça –,
Fica o dito pelo não dito!
Quereria também ser o navio
Que tão pesado leve flutua,
Como um peixe manso, bravio,
No misterioso curso das águas!
Quereria, sim, ser a águia,
– a guia –, musa do homem,
A bela, a majestática águia,
Que voa em tributo aos homens!
Mas, dá-me ser o beija flor
Ou mesmo ser a lagarta,
Pra depois ser a borboleta
E, assim, ser livre como for!