Véu de contentamento
Ó Poeta que nos sonhos acalanto
Não temas inda que
Tremas de encanto
Neste véu que envolvido
És dança, música, e vento
Desse indefectível momento
De alegria temo e tremo
Imagino-te Musa das eras
Tua roupa em véu
A balançar no vento
Teu cabelo esvoaçante
Roça e traz um calafrio
Saberei então que és assaz,
Avassaladora
Uma estátua-monumento
E o teu poema é tua lança
Ó Poetisa
E não é isso que impulsiona o Poema?
Alegria de existir e resistir ao que escrevo?
Tua rima é o meu contentamento!