Réquiem

Eu sou um barco sem porto

Um rodeio lento

Flertando o implícito

Eletron intrínseco

O meu próprio vento

Eu sou um deus morto

Rei deposto

Do meu reino sujo

Um mórmon curdo

O meu próprio sopro

Eu sou a nuvem do meu rosto

E a minha própria guerra

Onde sou o derrotado

E o herói condecorado

E a história eterna

Eu sou o filhote e o papai corvo

Eu sou a viagem de benzedrina

No verão de oitenta e cinco

Sou o terceiro, o quarto, o quinto

O sexto copo de morfina