TURBULÊNCIA
Desço primeiro
A ladeira
Do meu viver contrito.
À beira
Do despenhadeiro
Me precipito,
E nesta augusto momento
Quando a tarde se vai embora,
A solidão por fora
Me acalma,
Mas dentro minhalma
Se agita --
Preso na garganta ,
Liberta- se o grito,
Na turbulência da amargura
Que em meu peito se agiganta:
Aflição, tormento,
Morte da ventura!