JUIZ DE MIM MESMO
Serei de mim mesmo, juiz,
Um magistrado
Que guardarei comigo,
O dever de ser correto, direito,
Imparcial , insuspeito.
E, com denodo e proficiência
Por todo e sempre: serei fiscal
Dos meus atos,
Aos quais , me policiarei
Para não condenar-me
Sem provas.
Mas não me aterei
A ser parcial
Com meus erros e falhas.
De imediato,
Sem disfarces, primando
Pela honestidade,
Me declarei suspeito,
Para a mim mesmo julgar-me,
E não interferirei
No julgamento
A que devo prestar-me.
Que eu seja julgado
Por um juiz imparcial,
Porque ser julgado
Por um juiz
Que irá condenar-me,
Não desejo,
Nem a meu pior inimigo!
Que eu seja julgado
Por mim mesmo,
Com imparcialidade!