Terra sem chão
Assim é a minha mente,
Profana, presa num corpo humano,
Num mundo sem você.
Pego um livro, um vinho, eu sei… sou leviano!
Observo a tua mente insana
De mulher num mundo sem mim,
Como uma borboleta pintada sem jardim…
No casco de um barco persa e num gesto anarco,
Um elo de amizade
Significa mais que afinidade,
Flagelo, conversa, liberdade.
Pois se dentre o Negro e o Solimões
Cascudo trouxe o que não existia,
Olha só que ousadia...
É no anseio do teu colo
Que explode o desejo desta metáfora
Brotando de uma terra sem chão
Que te escrevo em forma de poesia.