Terra sem chão

Assim é a minha mente,

Profana, presa num corpo humano,

Num mundo sem você.

Pego um livro, um vinho, eu sei… sou leviano!

Observo a tua mente insana

De mulher num mundo sem mim,

Como uma borboleta pintada sem jardim…

No casco de um barco persa e num gesto anarco,

Um elo de amizade

Significa mais que afinidade,

Flagelo, conversa, liberdade.

Pois se dentre o Negro e o Solimões

Cascudo trouxe o que não existia,

Olha só que ousadia...

É no anseio do teu colo

Que explode o desejo desta metáfora

Brotando de uma terra sem chão

Que te escrevo em forma de poesia.

Antonio Leandro Fagundes Sarno
Enviado por Antonio Leandro Fagundes Sarno em 02/09/2022
Reeditado em 17/01/2024
Código do texto: T7596530
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