Ruína

Ruir

para dentro da alma vazia

arrancar as máscaras

venezianas.

Andar à toa

farfalhar

copular

no remanso das horas

nas ancas

de um desconhecido

a dança frenética de corpos

em acordes doces de violão.

Punhais em brasa

em noites juninas.

Transformar andrajos

em linho e seda pura

androceu em flor

- perfume -

caduceu da primavera.

Comungar eflúvios

de uma dama

inebriar-se

sem preconceito

no divã do analista

de êxtase e catarse.

Verônica Partinski
Enviado por Verônica Partinski em 29/11/2007
Reeditado em 29/11/2007
Código do texto: T757495
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