hoje não

lago prateado do olhar celestial,

espelho dúbio transpositivo,

hostes de macacos mórbidos patinadores,

conglomerado estrutural de todas as coisas.

rapidamente me vi nú e sem casca,

atirei contra minha cabeça…

ouvi um som de alívio estelar,

gemido de sossego!

a bailarina sorriu debochada;

“você não vai morrer hoje seu tolo!”,

lançou um olhar de desdém para marte

evaporando evanescentemente no ar que respirei.