Visita estranha

Visitam-me o peito

loucos relâmpagos

murchos crisântemos

amores desfeitos.

E sinto o cheiro das fantasias

e o mundo é um labirinto,

a alma de minha poesia,

e me trovejam dores

e provo outros sabores

e paro crias!

Pontuam-me saudades

e sou um homem frágil,

verões de piedade,

invernos de alforrias

e a chuva dá-me beijos

e o sol queima-me os desejos

e revisitam-me o peito

trovões, relâmpagos e agonias.