divagação estelar

a estrela converge para o Todo sem nenhuma piedade

a luz é fria e gelatinosa

cheiro de almiscarado fluído

com paciência chegará até você

as atrocidades se limitam a apenas um sopro de relento

de um dia que jamais chegará

gostaria de ficar com você mas o abandono é necessário

vou até ali e não voltarei mais

a casa está em chamas chamas secretas do amor e do ódio

uma galeria de arte será perdida, elevada a outro plano

teúrgico e mal ajustado será o tempo

e as coisas fúteis se encapsulam em si mesmas

não encoste em mim agora é hora do despertar radiante

em que o feio e o belo são dois cavalos emparelhados puxando um carro inútil

guilhotinas são máquinas perfeitas para meu propósito

está ali e em todos os redemoinhos secretos do meu pilar interior.