fosse eu...
(Ps/562)
Fosse eu um anjo azul
dar-te-ia minhas asas cor de luar,
empreenderíamos voo leve, feliz
ao espaço sideral, emigrando
profundo no som da chuva,
(imaginário) êxtase íntimo,
dual, calando alto, no
largo do céu!
Influir em mim, em ti (crescimento)
forças criadoras, vontades,
e reger o mundo!
Teorias envenenaram a
inteligência (a minha, a sua)
com ausências, espíritos maléficos,
dizendo-se proféticas.
V' ambora coexistir, claramente,
triunfar com os nossos valores,
construir paraísos, em futuros,
sem passado, uma
espécie de sonho, (v' ambora)!
Servos da hora, seres normais seremos
Cavalgando, ternamente,
por entre nuvens e céu sem
insolência de transeuntes vãs!
Fantasia, utopia?
Soa dentro de mim, no cérebro,
metafisicamente, recordações e,
desejo parar essas notas do piano
branco, tecladas num ímpeto
de puro sentimento abstrato.
Aqui em baixo,
Não dá mais!
V' ambora!