Sou um ser da terra do nunca

Eu sou um poeta vagabundo

Sou um ser da terra do nunca

Eu sou uma criança Peter Pan

Almejando a legião daqueles

Meninos perdidos numa ilha

Que buscam essa tal fantasia

Num intrínseco transe irreal

Que as vezes não há como se

Despertar de um lindo sonho

De um temperamento infantil

E voltar a monótona realidade

Sendo que tu és o meu sininho

Acordando-me todos os dias

Nesse fluir da flor vermelha

De um amanhecer áspero e cru

Desejo viajar no infinito tempo

Na busca esperançosa de paz

Em momentos de sonhos a mil

Na infinidade de meus receios

A minha tal tatuagem de pirata

Esconde o segredo mais oculto

De um belo esplêndor a brilhar

Desde sonhar pelo o teu amor

Essa caveira da eterna morte

Já não tem mais nenhum nexo

Numa sorte de meus acasos

De impensáveis revelações

Eu procuro essas aventuras

Na compaixão de meus versos

Eu vivo no teu vivificante ardor

Extraíndo a minha dor que flui

Procurando ser a tua criança

Na fragilidade de sutis sonhos

Na busca incessante de prazer

Eu acordo do sonho de infância.

TEXTO DO LIVRO:

SOLIDÃO POÉTICA/ 2016.

Déboro Melo
Enviado por Déboro Melo em 06/04/2022
Reeditado em 17/05/2022
Código do texto: T7489281
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