“A ROSEIRA E A CHUVA”.

Há! Se não fosse o seu choro,

Confesso que eu não existiria,

É ele, meu vigor e meu tesouro,

Amo suas lágrimas chuva fria.

São elas que me dão acalentos,

Depois que o sol veio me aquecer,

De ti tiro meu confesso alimento,

Revigorando-me aqui todo o ser!

As gotas vindo das lágrimas tuas,

Vem naturalmente molhar o chão,

Tentando em recobrir a terra nua,

Que faz nascer assim cada botão!

Eu uma rosa cheia de belezas,

Adolesço as pétalas dobradas,

Consigo absorver de ti levezas,

Torna-me a flor mais cobiçada!

Por que me agradece o linda flor,

Estando aqui faço apenas o dever,

Meu choro é o derramar do amor,

Na audácia de ver tudo florescer!

Enquanto choro sinto o perfume,

Da terra molhada assim se saciar,

Vejo as flores que sentem ciúmes,

Nos jardins que estais a enfeitar!

Há chuva amiga de todas as horas,

Embora todos do calor necessitem,

Tenho vida longa quando tu choras,

Aqui choro se não choras acredite!

Quanto as roupas que me vestes,

És tu amável minha mantenedora,

Vejo a molhar o chão campestre,

Criando em mim beleza sedutora!

Nas pétalas de gotas encharcadas,

Dona de potencial da renovação,

Sem ti chuva, eu estaria descartada,

De ter de cada olhar tal fascinação!

Até o frio sereno que me acalenta,

Depois de molestada por forte sol,

As pequenas gotas que me sustenta,

Mantém-me vigorosa ao nascer o sol!

Chuva fria tu és minha fonte de vida,

Tuas lágrimas me mantem frondosa,

E meus ramos de matizes coloridas,

Flor rainha das flores sendo rosa!

Cosme B Araujo.

24/03/2022.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 24/03/2022
Reeditado em 24/03/2022
Código do texto: T7479867
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