A COUTADA DOS TIRANOS
«Poesia, âncora do Mundo»
Se não for a voz clara da POESIA
Tentando alertar pró mal do Mundo
Quem nos livrará da torpe vilania
Sita na "ALMA" negra dos Tiranos?
Muito mal vai a triste Humanidade
Que não consegue viver em harmonia!
Ai dos homens e da sua liberdade
Se não for a voz clara da POESIA!
Tiranos, sempre os houve e há-de haver
Que às sociedades têm ódio profundo;
A chama da Coragem cumpre reacender
Tentando alertar pró mal do mundo.
Há que travar batalha em cada canto
Rasgando aos Tiranos a falsa valentia,
Se não o fizermos fica o desencanto…
Quem nos livrará da torpe vilania?
Que a nossa luta não seja inglória –
Ainda que perdure por vários anos –
Varrendo, duma só vez, a má memória
Sita na “ALMA” negra dos Tiranos!
Poetas, as vossas Armas são os poemas
E os versos que criais são o combustível;
Destruamos, um a um, todos os dilemas
Da coutada dos Tiranos, que é temível…
É temível por eles serem fingidores:
Sorrisos fáceis, palavras misteriosas,
Alimentam-se de ódios e d´ horrores
Co´ as almas míticas e contagiosas.
Fingem-se democratas e até de crentes,
Da sege do poder, ninguém os desterra,
Cantam hinos e ornam as suas mentes
E, por vaidade, são os Senhores da Guerra!
Proclamam da Poesia, seus detractores,
“Que ela não tem poder contra os Tiranos” (?)…
Mas nós dizemos que seremos vencedores
Desses “literatos” maus que são insanos.
Travemos, ó Poetas, o bom combate
Co´ uma energia de coração jucundo
Pela digna Poesia, nosso estandarte –
Perene Luz e Âncora do mundo!
Frassino Machado
In RODA-VIVA POESIA