VIRTUAL
Quanto te vi pela primeia vez
Ocitocinas cintilantes explodiram
E meus neurônios gritaram:
_Ele é o seu!
Queria transpor-me
Atravessar o rio a nado
Selar meu cavalo vermelho
Sujar meus pés de barro
Para ver o verde que brota
Calmo
Lento
Dos teus olhos enluarados
A voz que ouço
(Às vezes)
Diz-me: vai!
Mas o medo cavalga ao meu lado
Fala-me baixo, tremido:
_Tenha cuidado!
Não sei se nos tocaremos
Não sei do seu hálito
Mas amo-te no sereno
Das noites em sonho
Contigo, namorado.