Desacreditado nos Encantos Cuspidos por Célebres Gênios
Brasa em teu coro
Compondo o tango
Queimando dedos
Envolvendo línguas
Fogo em teus dilemas
Fogo involuntário em seus poemas
Fogo vingativo em teu teatro
Fogo em teus talheres rubricas
Em um estado melancólico
Eu canto ao Orfeu bélico
Trafica-me em sua instabilidade
No sangue que se enerva, eu, o seu demônio
Devora na beleza da morte
Renascer e premeditar
Algozes privados de atos
Dialogando insurreições brandas
Sem ti, eu sou pó e argumentos
Com você ao lado, eu sou violência
Reciclados aos ensaios de deuses-simulacros
Uniformizado ao protagonismo de outros trópicos
Vais nos desencantos das entranhas
Vaiando outros cantos que cantam encontros
O meu amor se faz na pátria cimento e cal
Vestígio vertigem em pulsos protegidos de imaginários
Esta comunhão celebra alívio e maldição
O amor é o ouro da fábula da serpente suicida
Merece tão somente o ser que comete o acontecido
Sofra todas as indecisões que se cravam em tuas pernas
No trapézio corpos sem rostos dançam
Celebrando a cabeças de bestas algozes
Ridicularizado o corpo desafeto desafinado
Estimulando a conclusão bi partida: Apocalipse