Desacreditado nos Encantos Cuspidos por Célebres Gênios

Brasa em teu coro

Compondo o tango

Queimando dedos

Envolvendo línguas

Fogo em teus dilemas

Fogo involuntário em seus poemas

Fogo vingativo em teu teatro

Fogo em teus talheres rubricas

Em um estado melancólico

Eu canto ao Orfeu bélico

Trafica-me em sua instabilidade

No sangue que se enerva, eu, o seu demônio

Devora na beleza da morte

Renascer e premeditar

Algozes privados de atos

Dialogando insurreições brandas

Sem ti, eu sou pó e argumentos

Com você ao lado, eu sou violência

Reciclados aos ensaios de deuses-simulacros

Uniformizado ao protagonismo de outros trópicos

Vais nos desencantos das entranhas

Vaiando outros cantos que cantam encontros

O meu amor se faz na pátria cimento e cal

Vestígio vertigem em pulsos protegidos de imaginários

Esta comunhão celebra alívio e maldição

O amor é o ouro da fábula da serpente suicida

Merece tão somente o ser que comete o acontecido

Sofra todas as indecisões que se cravam em tuas pernas

No trapézio corpos sem rostos dançam

Celebrando a cabeças de bestas algozes

Ridicularizado o corpo desafeto desafinado

Estimulando a conclusão bi partida: Apocalipse

Pierrot Ruivo
Enviado por Pierrot Ruivo em 03/02/2022
Código do texto: T7444067
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