Filho Trovão

Desceu dos céus em minha direção,

Um anjo em forma de trovão,

Que tremulou-me por inteiro,

Mas não causou-me medo.

Admirei-me com tuas asas enormes,

Com seu tamanho exorbitante,

Com seus olhos cristalinos,

E sua espada fulminante.

Indaguei-o por que vinhas,

O porquê da investida,

Que tamanha aterrissagem,

Por pouco me arranharia.

Me olhou-me furioso,

A medida que se aproxima,

Desembainhando a espada,

Pronto para tramar tua ira.

Sorri-o extravagante,

Que tamanha obstinação,

" Sabes quem incorporastes,

Maldito filho trovão? "

Ainda me admiras,

Tal coragem palermada,

" Vindes de ponta cabeça,

Aterrissar em minha casa?

Ainda já não bastasse,

Desembainhaste a espada? "

Meu repulso incontido,

Tornou-se soberano,

E levei-o comigo num soco,

Para o fundo do oceano.

Afoguei-o de dentro para fora,

O fiz vomitar teu insulto,

Engasguei-o com o último inspiro,

De seu farsante culto.

Dmitry Adramalech
Enviado por Dmitry Adramalech em 24/01/2022
Código do texto: T7436582
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