Entender?...

Entender?...

O quê?...

E para quê?...

Concebendo verdades...

Que viram latrinas ambulantes...

Na bocas de formigueiros gramatológicos...

Humanísticos...

Projetando posições ontológicas...

Subjetivas...

Que tocam o céu...

De migalhas éticas...

Contendo pensamentos...

Que dialogam com adventos...

Cheios de lamentos...

Entender?...

Sem ofender...

Reler a alma...

Que se acalma...

Com o tocar dos sinos...

Que transbordam chantagens...

De arrependimentos...

Que passam livramentos...

Por entre fingimentos...

Onde se julgam, em tudo...

Estarem. normal...

Perdidos por entre encarceramentos...

De arrependimentos...

Que sempre voltam ao passado...

Alados e estilhaçados...

Amados e perjurados...

Querendo entender o agora...

Que depois virou fora...

Em uma ágora...

Presunçosa e preguiçosa...

Entender?...

Que para cada dia...

Se cria, uma nova nostalgia...

Se domiciliando em sonos...

Reinventando pesadelos...

Em Delos negacionistas...

Querendo novos amores...

Gerando pavores dormentes...

Que entre a compreensão férrea...

Estragam uma candura ...

Que ainda pode deixar...

A humanidade um pouquinho, mais pura...

Entender?...

Entender?...

Entender?...

E sofrer...