Três da Manhã
Três da Manhã.
Delasnieve Daspet
.
Madrugada. Três horas.
Totalmente desperta.
Os sabiás cantam na praça.
Vilipendiados com tanta luz já não sabem
Se é noite ou dia.
Cantam suas agonias.
E, eu me liberto das fraquezas humanas.
Me descubro uma partícula.
Pequena parte da luz. Um átomo.
Uma águia em pleno voo,
Ao encontro do meu interior.
Voo. À frente o horizonte, desconhecido.
E, o purpúreo amanhecer esparrama luz.
Luz de todas as cores.
O arco-íris puxado por cavalos alados,
Descortina, ao meu olhar, a imensidão.
Sem limite de futuro. Incógnita perfeita.
26.09.21