Cubículo dourado
Passos estáticos
Entram e enchem o grande cubículo dourado
Metais pesados
Olhos esbugalhados
Cabelos de cobre
Sacos congelados de sorte
A cada respiração descoordenada
Se aumentava o furo que dava entrada as ervas daninhas
Alguns agonizavam com a dor do chão de cactos
Logo quebravam tudo
No outro dia os cactos cresciam ainda maiores
Já nem sequer conseguiam se locomover
Usavam então o que restava
As suas próprias bocas
Zum Zum
Tocava o alerta de sequelas
Toda vez que descia pela parede 7 lagartixas
E todos não paravam de transpirar como quiabos
Nesse momento todos reliam a frase do portão de entrada
Do que adianta estar em constante mudança
Se tudo a sua volta permanece intacto