Cubículo dourado

Passos estáticos

Entram e enchem o grande cubículo dourado

Metais pesados

Olhos esbugalhados

Cabelos de cobre

Sacos congelados de sorte

A cada respiração descoordenada

Se aumentava o furo que dava entrada as ervas daninhas

Alguns agonizavam com a dor do chão de cactos

Logo quebravam tudo

No outro dia os cactos cresciam ainda maiores

Já nem sequer conseguiam se locomover

Usavam então o que restava

As suas próprias bocas

Zum Zum

Tocava o alerta de sequelas

Toda vez que descia pela parede 7 lagartixas

E todos não paravam de transpirar como quiabos

Nesse momento todos reliam a frase do portão de entrada

Do que adianta estar em constante mudança

Se tudo a sua volta permanece intacto

Aura Ágape
Enviado por Aura Ágape em 12/12/2021
Código do texto: T7405861
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