"Opulência"
Por que disputo remuneração,
Vantagens das quais não necessito,
Me eivo de medo, de tédio repito,
No capricho magno da minha ilusão.
Sofro, assim, de doenças imaginária,
É a morte a reclamar pelo meu corpo,
Alquebrado pelos anos da liça, do torpo,
Pelas escaramuças dea vida diária.
Olvido; que sou usufrutário do mundo,
E vivo do meu regalo profundo,
Sufocando ao meu semelhante.
Oprimo-lhe pelo vil trabalho,
Exploro-lhe a força o orvalho,
Esqueço-me... - nada me é constante.