Oceanos de Equinócio

Você me trata como o oceano.

Você vem e vai

como a maré alta.

E eu só molhei os meus pés,

mas mesmo assim me afoguei...

Debaixo d'água,

é tão bom respirar.

Ouvindo o som do mar,

na tristeza das conchas.

Há areia entre as mãos,

Perdendo o fôlego

num longo beijo.

renda sua armas

E se entregue ao desejo.

Me leve ao seu convés

no crepúsculo vertigem

de seus lençóis coloridos.

E observaremos o mar

a lua e seus equinócios.

Sua água irá curar

tudo o que nos trouxe dor.

E o tempo poderia até errar,

porém fizemos certo dessa vez...

Você me trata como o oceano,

Por que deixou de se entregar?

E agora estarás tão longe,

que se perdera no horizonte.

Seguindo o declínio da curvatura

Eu não te verei jamais.

Segurei então o plano

velejando sozinho.

Por todas suas ondas e vagas,

charfudando por entre

abismo em abismo.

Enfadado do encanto-mecanismo,

Atirei me contra as pedras e rochas.

Deixando o mar da saudade

lavar meus pés e alma.

E o distante fascínio,

estava cravado na areia,

desfazendo-se em ondas

do amor invencível.