De volta ao abismo
Em uma noite fria
E cheia de dúvidas,
Em busca do tal abismo sem fim
Aquele que o velho poeta morreu dizendo...
A vila ali estava
Onde o velho poeta disse
Sem luz, taberna, povo idade das trevas.
Tudo ali...
Eu não posso acreditar
Que um lugar assim realmente exista,
Está tudo aqui,
O velho poeta esteve aqui...
Para o norte da vila,
Uma estrada velha e medonha,
Para onde o vento canta...
Para o norte frio
Seguindo a Lua cheia
Cheia de vida e mistério...
Eu caminhei muito
E lá no fim
Havia um abismo que não tinha explicação
E lá estava ela, sem fim e misterioso...
O velho poeta já disse,
Ninguém o escutou
Mas eu estou aqui,
Mergulhando no escuro que ele tanto temia...
Tento ir o mais fundo que posso
Existe fantasmas aqui,
E coisas que não conheço,
O vento frio vem de baixo
E parece levar minha vida com ele...
É tudo tão escuro
Que louco posso ficar
É tudo tão silencioso,
Nem o vento faz barulho...
É tudo tão misterioso e cheio de terror
Tudo fascina.
Ele desceu aqui,
Achou alguma coisa...
Estou no fim da corda,
Posso escutar meus amigos gritarem,
Mas eu quero ir mais ao fundo,
Eu preciso...
Tão cheio de luz no meio da escuridão,
É um fenômeno,
O cheiro de perfume doce que vem lá do fundo,
O velho disse sobre isso...
Meus olhos brilham
Em meio a escuridão do abismo,
Eu finalmente posso ver ela,
O medo e a obsessão do velho...
Tenho que admitir
Ela é linda e aterrorizante
Ela flutua e o escuro é sua capa,
Através de sua máscara branca, vejo seus lindos olhos azuis...
É como o velho disse...
Tudo é incrível,
La do fundo ela me olhou,
Eu medo senti...
Mas já era tarde demais,
Ela estava em meu lado,
Como uma rainha,
E eu como um perdido, pedindo ajuda...
Sua bela mão, ela estendeu para mim,
Seria falta de educação rejeitar tal convite,
Ela é bela e fria,
Mas foi educada e gentil comigo...
Para longe eu estou indo
Não espere por mim,
Eu segui o velho poeta.
Ele esteve aqui
E contou tudo isso,
Ninguém prestou atenção,
Então ele ficou velho e doente,
Mas fez o favor de conta sua história,
Ele chamava isso como o abismo...
Cristiano Siqueira 24/0921