Iara
A ira de irmãos, de injustiça clara
Escancara a inveja da bela
Faz a ira de Iara, se acender tão rara
Matando quem intentou contra ela
Acende a ira de um pai que a apanha
E a joga no rio profundo
À beira ela cai sem apoio nem manha
E se vê tão sozinha no mundo
Agora a lenda tupi guarani
Transforma a beleza em sereia
Os homens aos quais ela vai seduzir
Não vão mais ter sangue na veia
Se algum por ventura consegue escapar
Mal pode firmar-se em pé
De alguma loucura vai se enfeitiçar
E a cura quem tem é o Pajé
No rio se esconde em alguma fenda
E às margens vem para cantar
Em nosso folclore é mais uma lenda
Que em versos se pode contar.