Iara

A ira de irmãos, de injustiça clara

Escancara a inveja da bela

Faz a ira de Iara, se acender tão rara

Matando quem intentou contra ela

Acende a ira de um pai que a apanha

E a joga no rio profundo

À beira ela cai sem apoio nem manha

E se vê tão sozinha no mundo

Agora a lenda tupi guarani

Transforma a beleza em sereia

Os homens aos quais ela vai seduzir

Não vão mais ter sangue na veia

Se algum por ventura consegue escapar

Mal pode firmar-se em pé

De alguma loucura vai se enfeitiçar

E a cura quem tem é o Pajé

No rio se esconde em alguma fenda

E às margens vem para cantar

Em nosso folclore é mais uma lenda

Que em versos se pode contar.

Harlen Ribeiro
Enviado por Harlen Ribeiro em 15/09/2021
Código do texto: T7343208
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