VÓRTEX
Sorvi o gosto da liberdade
Ao navegar no infinito azul
Desafiei o gigante sem sabre
Gangorreei na sinuosidade, nu
Tu incidias o sol como espelho
E desvelava-me vasta beleza
Onde no meu recato pedia esteio
Já que ali era meramente a presa
Enquanto aluía na minha jornada
Percebi que me invitava o torvelinho
E nesta rota não me acudiria o mapa
E reticente beirava o que seria o fim
E houve aquilo que tanto auspiciava
Quando fui vilipendiado pela torrente
Donde o regedor distinto de uma gárgula
Sabia suscitar o ocaso e aduzir ao ventre
Sem nem mesmo possuir um arcabouço
Mas uma reles conjuntura de filamentos
O prumo do abissal perante este colosso
Que já confinava o panorama do atempo
Minha utopia não lhe causou comoção
Uma vez afeito pelo dom dito genotípico
Não poderia consistir uma embarcação
Tampouco reter um pensamento crítico