VÓRTEX

Sorvi o gosto da liberdade

Ao navegar no infinito azul

Desafiei o gigante sem sabre

Gangorreei na sinuosidade, nu

Tu incidias o sol como espelho

E desvelava-me vasta beleza

Onde no meu recato pedia esteio

Já que ali era meramente a presa

Enquanto aluía na minha jornada

Percebi que me invitava o torvelinho

E nesta rota não me acudiria o mapa

E reticente beirava o que seria o fim

E houve aquilo que tanto auspiciava

Quando fui vilipendiado pela torrente

Donde o regedor distinto de uma gárgula

Sabia suscitar o ocaso e aduzir ao ventre

Sem nem mesmo possuir um arcabouço

Mas uma reles conjuntura de filamentos

O prumo do abissal perante este colosso

Que já confinava o panorama do atempo

Minha utopia não lhe causou comoção

Uma vez afeito pelo dom dito genotípico

Não poderia consistir uma embarcação

Tampouco reter um pensamento crítico

Heloi Lima
Enviado por Heloi Lima em 04/08/2021
Reeditado em 04/08/2021
Código do texto: T7313648
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