Palavras, vírgula, quero dizer...
Amor e desamor, palavras vãs...
antônimos comuns na língua escrita,
como fortuna é para desdita
e noite sem luar, para manhãs...
Palavras, sejam feias ou bonitas,
exigem seu lugar na oração:
seja um verbo de estado, de ação...
numa frase vulgar ou erudita.
Seja um adjetivo, um pronome...
há sempre uma vírgula, com fome,
comendo algum senão subentendido.
A vírgula, megera da grafia,
é capaz de morder a poesia
sem provocar sequer um só gemido.
Amor e desamor, palavras vãs...
antônimos comuns na língua escrita,
como fortuna é para desdita
e noite sem luar, para manhãs...
Palavras, sejam feias ou bonitas,
exigem seu lugar na oração:
seja um verbo de estado, de ação...
numa frase vulgar ou erudita.
Seja um adjetivo, um pronome...
há sempre uma vírgula, com fome,
comendo algum senão subentendido.
A vírgula, megera da grafia,
é capaz de morder a poesia
sem provocar sequer um só gemido.