[E, é tão prazeroso ouvir...] (Dueto)
Inserida a qu’estou neste meu mar... (imaginário)
E, mergulhada no que não me resisto...
Num quase afogar-me
Oh! Como é tão bom s’entregar...
Em confiança e sem medo...
a quem se ama...
[Num quase sentir sob os pés o Everest
E, viver a promessa da plenitude
...em cada célula
E, embora no topo
qual naufragada nau no mais profundo oceano, eis qu’estou
Não, não respiro mais o ar do que acima estava na superfície da fria razão...
Descortinando horizontes
Escavo para o mais baixo de minhas águas
E nelas, sem o temor de antes, me afundo, em turbulências...
Insólito dialogar paradoxal, quanto mais fora, mais abissal...
No mais escuro de meu entranhado mar de minh’alma...
... em que uma luz então vejo... (mística e bela)
Recordo Jung
Parafraseio-o, a beber cada letra...
“Sonho se olho pra fora e desperto se me adentro...”
Não está fora,
Mas dentro a razão
Do que sou e tanto almejo...
[Cabe a mim...
Escolher, ouvir ou não...
O chamamento ness’agora
O amor a pedir qu’eu abra as portas de meu coração
O amor que lá mesmo estava, e que meu amado me mostrou
Na verdade, era ele mesmo a quem ali s’encontrara desde priscas eras...
Oh! E pensar qu’eu antes pelo amor buscava... fora
Quando quem amo que desde sempre
...em mim morava
Sofria eu
D’uma surda-cegueira
Tão, tão absurda...
Tendo a me envolver
o manto d’uma saudade invisível...
Inexplicável e inquietante, mascarando sentimentos...
Agora, sinto
N’alma e pele
Um mar de felicidade...
Essa lírica sensação
Que me embala
Não é sonho...
Num quase estalar de dedos...
O encantamento
Aconteceu...
Atraídos
Por letras e versos
Numa dimensão quântica nos encontramos
Um mundo fantástico...
Onde sem ser mitos ou deuses
Nós, um ao outro a dizer: EU TE AMO
E, é tão prazeroso ouvir...
“H” e Juli Lima
Melim - Dois Corações (Ouça)
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