A valsa do crioulo doido
Strauss coçou as costas de Casella,
acima, um pouco mais, do cós da calça.
Lugar que se costuma tocar valsa,
muito frequentemente, a mais bela.
A valsa é quase um pão com mortadela;
um oásis na areia do deserto,
que consegue manter o longe perto,
como o luar minguante duma vela.
Se fosse Strauss aluno se Sivuca,
a valsa estaria mais caduca
do que um samba enredo do salgueiro.
Ainda assim, Chopin e Villa Lobos
jamais seriam vistos como bobos,
que tocam, simplesmente, por dinheiro.