Goiabada cascão (soneto do "crioulo doido")
Que tempo bom, meu bom Adoniran!
Tempo que a goiabada era cascão,
que o "boia-fria" tinha refeição
e Freud inda dormia no divã.
Tinha "o radio de pilha" no fogão
da santa "Leonor, da Dagmar"...
e a dor era possível suportar,
e o bar servia pinga e tradição.
Tempo "dos pais-de-santo, paus-de-araras..
palhaços, marcianos", jóis raras...
que o "bife-a-cavalo" andava a pé.
Tempo "dos faraós embalsamados"
que foram regiamente condenados
por conta do cigarro e do café.
Que tempo bom, meu bom Adoniran!
Tempo que a goiabada era cascão,
que o "boia-fria" tinha refeição
e Freud inda dormia no divã.
Tinha "o radio de pilha" no fogão
da santa "Leonor, da Dagmar"...
e a dor era possível suportar,
e o bar servia pinga e tradição.
Tempo "dos pais-de-santo, paus-de-araras..
palhaços, marcianos", jóis raras...
que o "bife-a-cavalo" andava a pé.
Tempo "dos faraós embalsamados"
que foram regiamente condenados
por conta do cigarro e do café.