Goiabada cascão (soneto do "crioulo doido")

Que tempo bom, meu bom Adoniran!
Tempo que a goiabada era cascão,
que o "boia-fria" tinha refeição
e Freud inda dormia no divã.

Tinha "o radio de pilha" no fogão
da santa "Leonor, da Dagmar"...
e a dor era possível suportar,
e o bar servia pinga e tradição.

Tempo "dos pais-de-santo, paus-de-araras..
palhaços, marcianos", jóis raras...
que o "bife-a-cavalo" andava a pé.

Tempo "dos faraós embalsamados"
que foram regiamente condenados
por conta do cigarro e do café.
Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 23/06/2021
Reeditado em 23/06/2021
Código do texto: T7285274
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