amanhecer
Amanhecer
O pavimento está sujo e cheio de buracos
destruídos pelo lento advento do sol.
Um hotel trabalha surdamente com seus cadáveres
com um legista pontualmente nas primeiras horas
matinais.Alguns está estréiando na morte:os
hospédes; mas a manhã está dividida entre mortos
e vivos com um odor de perfume se retirando e aí
então são os pés estúpidos,as almas de ferrugem e
é o amanhecer zangado,os corpos com uma
fuligem inpregnante desejando as águas,
desejando que tudo seja lavado e de repente soa
como cataratas limpando as digitais que se
precipitaram nas bandeiras,nos cartazes,um anjo de
ouro aguardava apenas numa aurora de maçãs e de umidade.
Neto Netopia