DUALIDADE
Em algum canto de mim
O sol rompe as nuvens
E os bem-te-vis me saúdam
Enterrando o que o resta da noite
Assim amanheço
Em outro lugar, o escuro me invade
Com suas florestas de dúvidas
Atraídas pela escuridão e assombro
Assim anoiteço
Sou como a terra que gira em torno do sol
Metade escuridão, metade luz
Eu giro em torno do eixo dessa dualidade
Sou filho natural do universo
E suas contradições
Assim gira a linha da realidade
Sem controle que me prende
Que é fim e começo
Vejo meus sonhos suspensos no ar
Minhas mãos quebradas
Não podem ampará-los
Quebrei o totem do amor
Assim enlouqueço