O Feitiço Híbrido

Eu entendo teu sinônimo

As pílulas embaixo da língua

São feras terrenas de sal

E derretem em minha boca

A cor porcelana sangrada do céu

Graças a violência de um sol ameno

Que costura intenções vazias

Nos trópicos ideológicos

Eu sou uma viúva, com meus oito braços

Dois para lhe carregar,

Os outros seis são para remediar conflitos

Em sã consciência, eu não sou santo

Na coragem de meu karma

Verto-me na loucura

Mastigo meus próprios lábios

Como meio de conter-me

A coroa que se forma ao redor do teu estômago

Congestiona e te fecha o corpo

Estamos visando melhorias, voltamos dentre anos

Eis o tempo do celibato

Rastejando nas sobras da minha pele

Adormeço involuntariamente aos teus pés

Classificando tua cintura purgatório

Contra a face nefasta do meu tato

Acordo solvido nos teus versos

Anêmico no sabor essência de baunilha

Complexo espírito de serpentina caseira

Concebida nas sobras de minhas roupas mastigadas

Atenção: Preciso dos teus profetas de plásticos

Dedicação, esmero e bula

Eu profetizo uma série de viciados indispostos

Caçando alternativas em teu feitiço híbrido